segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Nevoeiro do viajante


Ombros dilatados
Exausto e absorto
Esculpindo versos a direção nenhuma
Deambulando aos passos do destino
Ao ar, que me leva além mar
Da imaginação.
Oh, primavera
Ouço dos meus pés
Um voo ermo sob as folhas secas e mortas.
Nos becos torvos como abismo.
Carregado duma trouxa do nada
Voando sob o deserto sem mangue
Velando às raízes profundas do sol
Deambulando, num cosmo quente e sem vida
Ò Deus, vagando chega o poente
De passos ocos e vazios
Dançando-se-me ao som do silêncio
E, às luzes de astros loucos
Mas rápido, que logo rompe-se
O sol, com o seu orvalho gaivotado
Erguendo-me cabeça semi-vazia
De sonhos deschinelados.

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